terça-feira, 29 de novembro de 2011

Estudo: profissionais gastam duas semanas do ano para tentar achar dados perdidos

Em média, pessoas recebem 36 e-mails, participam de uma reunião e fazem cinco conferências telefônicas a cada dia



Trabalho

Uma nova pesquisa conduzida pela One Poll, encomendada pela empresa de gestão do trabalhoMindjet, revelou que os trabalhadores britânicos chegam a perder cerca de duas semanas por ano procurando informações que tenham lido em seus e-mails, mas que acabaram perdendo.

Segundo o The Telegraph, foram entrevistadas 2 mil pessoas de vários escritórios do Reino Unido. Em média, os profissionais recebem 36 e-mails todos os dias. Apesar do número ser aparentemente pequeno, essa quantidade de mensagens tem deixado os funcionários sobrecarregados.

Além disso, o trabalhor gasta mais de 21 minutos por dia procurando por mensagens que chegaram a ver, mas que não conseguem encontrar mais - o que equivale a duas semanas de trabalho por ano. Com base no salário médio, essa busca de dados perdidos gera um prejuízo anual de mais de 1.240 libras (cerca de R$ 3,6 mil) por funcionário.

O estudo ainda mostra que a quantidade de informações recebidas no decorrer de um dia inteiro afeta negativamente o trabalho, e apenas um terço dos e-mails recebidos pelos empregados britânicos serão lidos. Entre os entrevistados, um em cada dez afirma que se sente sobrecarregado com a quantidade de informações recebidas, o que prejudica suas funções. Outros dados apontam que os trabalhadores participam, em média, de uma reunião e cinco conferências telefônicas por dia.

De acordo com o consultor neurobiológico Mo Costandi, enquanto o cérebro humano for bem adaptado ao processamento de dados, não há nenhum risco aparente de complicações prejudiciais à saúde. No entanto, Costandi alerta que esse é um risco que não se deve correr.

"Hoje em dia temos a informação de múltiplas fontes, e tentar absorver tudo isso pode ser difícil. A pesquisa aponta que o 'multi-tasking' - quando o cérebro processa mais de uma informação ao mesmo tempo - pode exigir necessidades excessivas em determinadas regiões da mente, de modo a tentar processar a internet, leitura de e-mails, redes sociais e documentos simultaneamente, cada um com dificuldades de serem assimilados."

"Esse estudo revela que não é preciso muito para saber que estamos nos afogando em dados no trabalho. A maneira como temos de trabalhar hoje envolve assimilar informações de muitas fontes, o que só vai aumentar nossa imersão nessa gigantesca era de mensagens", diz Chris Harman, vice-presidente regional da Mindjet no norte da Europa.

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